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domingo, 24 de julho de 2016

Intoxicação: Como reconhecer e o que se deve fazer?

Um "post" de utilidade pública, pois muitos proprietários não sabem o que fazer e como agir quando os seus "pets" se intoxicam, e foi pensando nisso que eu decidi criar este tópico. Existem vários produtos que podem ser tóxicos para os nossos animais, desde plantas ornamentais presentes em nossas residências até mesmo alguns medicamentos que muitas vezes achamos que pode ser dado ao animal pois não faz mal para nós humanos. (por exemplo: Paracetamol é altamente tóxico, NÃO deve ser dado!!).

(FONTE: http://www.atenasnoticias.com.br/2015/conteudo.asp?codigo=46424)

Temos também aquele animalzinho que ingeriu sem querer a medicação do dono que caiu no chão, ou até mesmo após processos de limpeza e/ou dedetização do ambiente onde o animal vive. E infelizmente também entram ainda nessa lista, os venenos dados em pedaços de carne.

O mais importante disso tudo é saber reconhecer o que o animal ingeriu e a forma que ele ingeriu. Muitos animais podem não ter o contato direto com o agente tóxico, mas as patinhas podem ter tido esse contato com o produto e ao começar a irritar a pele o animal lambe a pata contaminada e ingere o tóxico, ou até mesmo gases presentes no local também podem ser os vilões. Como já comentado em outro "post", as aves são sensíveis aos gases presentes no ambiente, desde a fumaça da churrasqueira, até mesmo o gás liberado pelos escapamentos dos automóveis. Para quem gosta de ir mais a fundo na criação, os anfíbios são os seres mais sensíveis que existem. Portanto, se a sua mão estiver contaminada ou tiver algum agente na água, esse animal pode apresentar quadros intensos de intoxicação e ir a óbito instantaneamente.

(FONTE: http://www.resgatinhos.com.br/receitas-caseiras-cuidado/)

Os coelhos podem ser alimentados com alguma verdura incorreta (alface causa diarréia, carboidratos podem causar um distúrbio na flora intestinal e causar diarréia intensa que pode levar esses animais a óbito), esses são apenas alguns dos exemplos.

- O quadro tóxico

Na maioria das vezes os animais possuem o mesmo tipo de sintomas clínicos em casos de intoxicação, seja ela por chumbinho, por inseticida, por planta, por algum alimento estragado. O dono deve atentar-se quando o animal passar a ficar mais inquieto (na maioria das vezes) ou quieto (apático), as vezes pode mostrar desconforto e dor nas regiões mais acometidas (Ex: patas, abdome). Um exemplo é se ele ingerir produtos de limpeza, como: soda cáustica, água sanitária, ceras de brilho para pisos e etc, que podem ou não ser ingeridas direta ou indiretamente.

(FONTE: http://www.6patas.com.br/salve-um-animal-envenenado/)

Os sintomas de intoxicação em sua maioria, são:

- Dilatação da pupila (Midríase);
- Taquicardia (Aumento do ritmo cardíaco);
- Alteração no estado de consciência;
- Taquipnéia (Respirar rápido);
- Salivação intensa;
- Tremores;
- Hipotensão (extremidades frias);
- Edemas nas regiões acometidas (talvez, nem sempre);
- Dor e desconforto;
- Diarréia com ou sem sangue;
- Vômito com ou sem sangue;
- Convulsões.

- Como devo proceder ?

Primeiramente, deve-se identificar qual é o agente causador e como ele foi ingerido: se foi por lambedura, se foi por ingestão direta ou se foi algo que deram para ele. Depois disso, é saber há quanto tempo aquele tóxico foi ingerido. Os alimentos tendem a cair no estômago e ficar em torno de 2 horas no processo da digestão, e então dali eles seguem ao intestino para a absorção dos nutrientes, por isso a importância de saber o tempo da ingestão para o médico veterinário e a importância de levar esses animais o quanto antes para a clínica ou hospital veterinário. Alimentos no estômago são mais fáceis de serem removidos e tratados do que quando o tóxico estiver sendo absorvido e caindo na corrente sanguínea. 

(FONTE: http://animais.culturamix.com/cuidados/intoxicacao-em-animais-por-produtos-quimicos)

Deve-se tirar foto e/ou coletar o material vomitado ou defecado pelo animal e levá-lo conservado ao médico veterinário, pois neles possuímos amostras do que está no organismo do animal e isso irá facilitar muito o trabalho do profissional que a partir daí irá escolher o protocolo a seguir. Também deve-se ligar para o profissional, avisando-o de que estará levando o animal até a sua clínica por um quadro de intoxicação e se possível, na mesma ligação já descrever (se souber) o tipo de material que ele ingeriu.


"Os gatos podem demorar a apresentar os sinais clínicos, por isso é bom o proprietário estar bem atento e na dúvida levá-lo à clínica o quanto antes"

- Abordagem ao animal

Deve-se lavar a boca com água corrente (com cuidado para que ele não aspire a água e se afogue) e com um pano úmido deve-se remover os resíduos presentes em suas patas. Limpar os objetos contaminados é uma boa conduta também, assim como limpar e/ou até mesmo lavar todo o local que possa conter resíduos do agente tóxico. Também deve-se remover o animal do local e em casos de convulsão, deve-se colocar o animal em um local macio, onde ele não corra o risco de bater ou cair. Realizar as abordagens anteriores e levá-lo ao veterinário o quanto antes.

(FONTE: http://blog.petroomie.com.br/seu-animal-de-estimacao-pode-doar-sangue-e-salvar-vidas/)

Não se deve medicar os animais sem o conhecimento do médico veterinário; não se deve dar leite para o animal ingerir, pois o produto tóxico pode ser rapidamente absorvido; não se deve induzir o vômito, pois se o animal ingeriu algum ácido esse produto que já queimou todo o esôfago do animal ao entrar, irá queimar ao sair; não se deve dar solução hipersalina para induzir o vômito.

Existem receitas caseiras que podem ser feitas em casa, como fazer o animal ingerir gelatina ou clara de ovo para que esses alimentos formem uma capa protetora no trato gastro intestinal protegendo-o de possíveis lesões, há também no mercado comprimidos de carvão ativado. Este produto serve para que as moléculas indesejadas do produto tóxico fiquem aderidas ao carvão ativo ao invés de ser absorvido pelo organismo do animal.

(FONTE: http://veja.abril.com.br/ciencia/conheca-15-plantas-ornamentais-que-sao-toxicas-para-caes-e-gatos/)

Estes métodos apenas dão um tempo maior para que o animal chegue até a clínica para receber os cuidados necessários com o seu devido protocolo. Alerte e avise o médico veterinário sobre qualquer coisa que for dada ao animal no processo.

"Lembre-se de que o médico veterinário é seu amigo, ele deve estar presente na vida do seu animal desde quando o mesmo é um filhote. Somente ele é capacitado a indicar as melhores formas de tratamento e cuidados com o seu bichinho." 

Até a próxima.

terça-feira, 17 de maio de 2016

Os répteis

Ordem dos Squamatas – Lagartos (Subordem Lacertilia) e Serpentes (Subordem Ophidia)

Ordem dos Testudinatas (Chelônia– Cágados e jabutis

 Podem ser: 

- Carnívoros – Serpentes e lagartos adultos
- Herbívoros – Lagartos jovens e jabutis
- Onívoros - Tartarugas

Alguns não são lá os favoritos do público, ainda mais por serem "rústicos", são na maioria animais ectodérmicos, ou seja, sua temperatura metabólica vai depender do meio ambiente, pois eles não conseguem mantê-la constante, com exceção dos teiús, que recentemente foi descoberto que são endotérmicos. Na natureza a temperatura corporal desses animais oscila, variando de 24ºC – 28ºC.

(FONTE: http://maisquecuriosidade.blogspot.com.br/2011/04/curiosidades-sobre-as-serpentes.html)

São animais que quando submetidos a temperaturas muito baixas (abaixo de 20ºC), entram em hipobiose (diminuição da função metabólica e não hibernação), ocorrendo pelo fato do animal tentar conservar o próprio organismo até que a temperatura se torne agradável novamente.

Em casos de temperatura elevada (exposição excessiva de sol), eles entram em estivação (dormência), e com isso eles podem sofrer com sérias lesões, desde queimaduras até desidratação grave pelo tempo de exposição e o horário dessa exposição, caso esse animal fique no sol, ou até mesmo em contato com o aquecedor do terrário que pode levar a graves queimaduras.

(FONTE: http://iguinho.com.br/canalnatureza/repteis-imagens.html)

Possuem a pele recoberta por escamas (cobras e lagartos), placas dérmicas (crocodilos), plastrão e carapaça (tartarugas), alguns deles são ovíparos (botam ovos com casca), ovovivíparos (ovos ficam internos e o filhote sai formado) ou vivíparos (filhote se forma sem a necessidade do ovo).

Assim como as aves, os répteis possuem cavidade celomática, ou seja, não possui a divisão de tórax e abdome pelo diafragma e com isso, temos alterações também na forma de respiração desses animais. Como os jabutis que necessitam mover os membros para mover a musculatura e realizar a troca gasosa.

(FONTE: http://eurekaomundodasciencias.blogspot.com.br/2011/10/anatomia-dos-repteis.html)

Alguns animais fazem a ecdise ou troca de pele, como é o caso das serpentes. Ocorre pelos fatores ideais de ambiente e manejo, como: umidade, atividade, temperatura, nutrição, taxa de crescimento.

Recinto

Lembrar que cada um desses animais tem as suas variações. Um bom exemplo disso são os animais encontrados em regiões áridas e semi-áridas (cascavel – Crotallus durissus) ou subtropical que é o caso da Jibóia (Boa constrictor constrictor): para poder formar o recinto ideal, uma precisa de um local mais úmido do que a outra. 

Por este motivo, antes de obter algum réptil é indicado aos futuros donos que pesquisem o tipo de animal e seu ambiente antes de adquiri-lo, para poder ver até mesmo o tipo e tamanho de terrário a ser preparado. Por exemplo, se por um acaso quiser uma corn snake (Pantherophis guttatus), o proprietário deve saber que ela é um animal esperto, ágil e que consegue erguer tampas, passar por buracos e fugir com facilidade.


(FONTE: 
http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-707013502-terrario-para-repteis-aranhas-ou-escorpioes-_JM)

ideal é se pesquisar por:

Necessidades e a biologia do animal; tipos de esconderijos; tamanho ideal (evitar casos como o dos tigres d´água - Trachemys dorbigni, onde os proprietários compram o filhote e acham que é uma tartaruga anã, que não irá crescer e elas crescem dentro de um micro aquário e isso leva a sérios problemas de casco e desenvolvimento); comportamento (uma corn snake - Pantherophis guttatus é um animal esperto, ágil e que consegue erguer tampas e passar por buracos fugindo com facilidade); tipos de substrato que serão utilizados no fundo do terrário (se podem ou não machucar o animal ou serem consumidos por ele); se precisa ou não de partes úmidas (jabuti x tigres d'água).

Tipos de fonte de luz e tipo de aquecedor (maior vantagem e menor risco de acidentes se a fonte de calor e luz forem separadas); presença de pedras, troncos, termostato (evitar que a temperatura suba demais ou diminua demais).

Tipo de alimentação e o tempo ideal que esse animal irá se alimentar (evitar que os ratinhos que são usados para alimentar as serpentes fiquem no recinto, evitando assim que estes comecem a comer a serpente, pois as vezes ela ainda não tem fome por conta do metabolismo baixo, mas o ratinho sem alimento para ele, irá comer a sua predadora por ser o que tem); buscar manter a umidade ideal para aquele animal, para que assim ele mantenha a hidratação equilibrada, auxiliando em uma adequada ecdise. 


(FONTE: http://www.vevet.com.br/2013/04/guia-do-proprietario-de-primeira-viagem.html)

"Lembrar que são animais de metabolismo baixo, portanto, alguns deles podem ficar longos períodos sem se alimentar, porém, água é necessária estar também sempre disponível para esses animais para evitarmos a desidratação."

Até a próxima.


Referências:

1 - BAGER, Alex; Aspectos da Biologia e Ecologia da Tartaruga Tigre D’Água Trachemy dorbigini (Testudines – Emydidae) no Extremo Sul do Rio Grande do Sul – Brasil; Porto Alegre, 2003.

2 - FERNANDES, Gabriel ; FREITAS, Samara et. al; DIAGNÓSTICO DE DISTOCIA EM Pantherophis guttatus  - CORN SNAKE, ATRAVÉS DO DIAGNÓSTICO POR IMAGEM; Universidade Estadual do Centro Oeste, 2014

3 - AMARAL, Andreza; MALTA, Débora; LIBORIO, Fernanda; Curso de manejo imediato de animais silvestres em atividades fiscalizatórias; Salvador, 2015


4 - MOON, Peter; Pesquisa descobre que os lagartos Teiús tem sangue quente; FAPESP-Janeiro/2016.<http://agencia.fapesp.br/pesquisa_descobre_que_os_lagartos_teius_tem_sangue_quente/22590/>Agência>. Acessado em 13/05/2016.
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